De acordo com uma equipe internacional de paleontólogos dos Estados Unidos, Argentina, França e Dinamarca, algumas espécies de dinossauros tinham a capacidade de aquecer-se pela extração do calor do sol.
A equipe, liderada pelo Prof. Dr. Robert Eagle, da Universidade da Califórnia, Los Angeles, acredita que os antigos répteis eram provavelmente mais ativos do que os jacarés e crocodilos modernos, que podem ser enérgicos, mas apenas por breves surtos.
Hoje sabe-se que alguns dinossauros eram, provavelmente, menos ativos e tinham temperaturas corporais mais baixas do que as aves modernas, seus únicos parentes vivos.
O Dr. Eagle e seus colegas examinaram ovos fossilizados de dinossauros da Argentina e da Mongólia. Analisando a química das cascas, determinaram as temperaturas a que os ovos foram formados.
“Essa técnica diz sobre a temperatura interna do corpo do dinossauro fêmea quando ela estava ovulando", disse o coautor Dr. Aradhna Tripati, um cientista do Museu de História Natural da Dinamarca e da Universidade de Brest.
A composição isotópica das cascas dos ovos mostrou que os dinossauros Oviraptoridae tinham temperaturas de corpo a 32 C°, decididamente mais frias do que os mamíferos modernos e pássaros.
Já as temperaturas corporais dos saurópodes eram maiores de 100 graus Fahrenheit (38 graus Celsius).
Essa descoberta, de que os dinossauros maiores mantinham a temperatura do corpo como o nosso, ao passo que os menores se assemelhavam mais de perto de répteis modernos, tem implicações para nossa compreensão da fisiologia dos dinossauros.
Portanto, observar as temperaturas mais baixas em pequenos dinossauros é a primeira evidência de que pelo menos alguns deles tinham metabolismos básicos mais baixos do que a maioria dos mamíferos modernos e pássaros. Sendo assim, o surgimento de mecanismos modernos de endotermia não ocorreu nesses dinossauros.
Fonte: http://www.bioorbis.org/2015/11/dinossauros-que-tomavam-banho-de-sol.html