Em 1993, Jurassic Park estreou no cinema e mostrou dinossauros emitindo sons “de verdade”. Os grunhidos dos répteis gigantes na verdade eram captados de cachorros, burros, éguas, vacas e até de tartarugas, como revelou Gary Rydstrom, engenheiro de som responsável pelo filme, ao site Vulture.
Estudos recentes dos crânios de dinossauros revelaram que eles eram capazes de emitir sons nasais - algo muito parecido com instrumentos de sopro, como trombones, trompetes e gaitas de fole. Esses sons eram importantes para eles, especialmente para indicar localizações ou atrair parceiros sexuais.
Os crânios dos dinossauros eram compostos por grandes câmaras ocas, cheias de septos. Então, o ar, ao passar por essas câmaras, era responsável pelos sons dos dinos.
Algumas espécies, como o Parasaurolophus, amplificavam o som por conta de um alongamento no crânio. Machos emitiam um som mais alto e agudo, por terem a crista mais ereta, enquanto as fêmeas, com crista curva, faziam um som mais baixo e grave.
Como os crânios dos dinossauros eram diferentes, a gama de sons emitidos por eles também era gigantesca. Dinossauros menores, como os Coelusauros e os Ornitomimossauros, emitiam sons de chiados, parecidos com os dos pássaros. Os herbívoros Estegossauros e Anquilossauros emitiam roncos parecidos com os de porcos. Já os grandes predadores, como o T-Rex, não tinham um som definido, mas muito provavelmente rugiam para espantar as presas.
Já outros animais pré-históricos, como os mamutes, tigres dentes-de-sabre e preguiças gigantes, deixaram descendentes na terra – respectivamente elefantes, felinos e preguiças – e, por isso, é mais fácil saber quais sons esses animais faziam.
Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/01/que-som-os-dinossauros-faziam.html